quinta-feira, 25 de junho de 2009

Atividade de Português (RÁDIO)

Ouça a conclusão de trabalho feito pela aluna Vitória V.F.V da oitava Série

segunda-feira, 8 de junho de 2009

A EDUCAÇÃO E OS PARADIGMA DAS MÍDIAS EDUCATIVAS

A integração do vídeo no ensino gera um dilema semelhante. Ou é aceita a nova tecnologia com toda a sua capacidade inovadora, assumindo então a transformação de todo o sistema educativo, ou se subjuga à nova tecnologia, tirando dela suas vantagens inovadoras e a colocando a serviço da velha pedagogia.

A tecnologia do vídeo é multifuncional: pode-se utilizá-la para reforçar a pedagogia tradicional, mantendo uma escola centrada exclusivamente na transmissão de conhecimento; entretanto, também pode utilizá-la para transformar a comunicação pedagógica. Assumir toda a sua potencialidade expressiva significa assumir este desafio de transformação da infra-estrutura escolar. São cada vez mais numerosos os profissionais do ensino que assumiram este caminho. A época do audiovisual como auxiliar está acabando. Começa a era da comunicação audiovisual e eletrônica, e se trata de um processo complexo que abrange a pedagogia, a psicologia e a sociologia, que, por sua vez, engloba o racional e o imaginário e formula problemas teóricos, abstratos, como também problemas de material, técnica e de infra-estrutura.

Tendo em vista os meios de comunicação aliados à prática educativa, pretende-se realizar uma pesquisa de campo, com o objetivo de compreender como o vídeo está sendo utilizado, nas áreas do conhecimento (português, matemática, ciências e outras) de 1a a 4a série, pois muitos anos já se passaram desde que a tecnologia do vídeo foi introduzida no âmbito doméstico. Embora a instituição escolar não tenha levado muito tempo para incorporar a nova tecnologia, não se pode dizer que esta incorporação tenha contribuído de maneira substancial a otimização de ensino-aprendizagem. Em algumas escolas a integração ainda não teve início. Em outras, ocorreu uma relativa integração, embora deficiente ou, quando muito, parcial. A expressão é de McLuhan (1969 p.120): a criança de hoje cresce sem parâmetros convencionais, porque vive em dois mundos, e nenhum dos dois a ajuda crescer. Freinert (1974, p.77) esclarece a respeito deste aspecto, conseqüência de uma contradição cultural:

Esta desordem cultural persistirá enquanto a escola pretender educar as crianças com instrumentos e sistemas que tiveram validade há 50 anos, porém suplantados pela técnica contemporânea. Subsistirão na escola as lições, os braços cruzados, as memorizações, os exercícios mortos, enquanto fora da escola haverá uma avalanche de imagens, ilustrações e de cinema. Se nossa era é conflitiva e inclusive dramática, é devido a seu caráter de cruzamento histórico, de choque cultural. A interação de culturas em conflito provoca indecisão e angústia.

MELHORES RESULTADOS NO ENEM

Folha de S.Paulo
>
> 31/05/2009
>
> O QUE UNE O COLÉGIO PARTICULAR E O PÚBLICO QUE
> OBTIVERAM O MELHOR DESEMPENHO NO ENEM NA
> GRANDE SÃO PAULO
>
> A escola Profa. Lúcia de Castro Bueno cobra disciplina e reprova
>
> Duas escolas, uma receita
>
> por Rafael Balsemão
>
> Cerca de 18 km separam as duas instituições de ensino da Grande São
> Paulo que obtiveram as melhores notas no Enem (Exame Nacional do
> Ensino Médio) nas redes pública e particular, respectivamente.
>
> É quase a mesma distância, em pontos (17,46), que separa a nota da
> escola Profa. Lúcia de Castro Bueno, de Taboão da Serra (melhor
> colocação da rede pública), da obtida pelo Colégio Vértice, no Campo
> Belo (maior pontuação entre as particulares de SP).
>
> A melhor estrutura, tanto física quanto pedagógica, explica o fato de
> o Vértice atingir 75,96 pontos no Enem e de a escola de Taboão da
> Serra, 58,50. Um conceito bom para a realidade da rede pública, mas
> abaixo da média das particulares do Estado (60,4).
>
> Mas a diferença entre ambas tende a diminuir se avaliados aspectos
> comuns: o comprometimento dos pais com a instituição de ensino, a
> qualificação e a motivação dos professores e o incentivo à leitura e
> aos estudos extraclasse. A seguir, os ingredientes básicos dessa
> receita.
>
> 1. Família comprometida
> No colégio de Taboão da Serra, a relação com a família é forte desde o
> ingresso dos cerca de 120 alunos na quinta série do ensino
> fundamental. "A regra do jogo aqui é que o aluno queira estudar e que
> os pais queiram apoiar", afirma Camilo da Silva Oliveira, 57, diretor
> da instituição pública que tem 900 alunos.
>
> No ambiente escolar, estão vetados celular, tocador de MP3 e boné.
> Atrasos não são tolerados. Todas as normas de convivência para pais e
> alunos estão afixadas nos muros do colégio. "Enquadro as famílias",
> resume Camilo.
>
> O papel dos familiares na educação também é central no Vértice. "Temos
> um regime de cumplicidade e parceria com os pais", explica Adilson
> Garcia, 59, um dos oito diretores do colégio, que também tem cerca de
> 900 alunos.
>
> No final do ano passado, os pais de 25 estudantes que não estavam
> adaptados à linha pedagógica do Vértice foram chamados para uma
> conversa. Assinaram um termo de compromisso.
>
> Para que os filhos continuassem na escola, os estudantes teriam de
> cumprir um programa pré-estabelecido pelos professores. "É uma forma
> de dar uma sacudida e chamar à responsabilidade", diz o diretor.
> Apenas três dos convocados acabaram não se enquadrando e tiveram que
> deixar a escola.
>
> Segundo a pedagoga Neide Noffs, 60, diretora da Faculdade de Educação
> da PUC-SP, quando os pais se envolvem com a qualificação da escola, a
> direção se sente motivada. "Vira uma construção coletiva."
>
> 2. Objetivos claros e cobrança de resultados
> O ensino no Vértice parte do princípio de que os estudantes devem
> criar hábitos de estudo ao longo de todo o bimestre, não somente nas
> semanas de prova. Para isso, o colégio instituiu as "VAs"
> (verificações de aprendizagem), que acontecem semanalmente ou a cada
> 15 dias.
> Os testes valem 30% da nota final do bimestre e obrigam os estudantes
> a estar sempre em contato com os cadernos. "Você tem que estudar. Não
> dá para empurrar com a barriga", afirma Beatriz Correia, 17, aluna do
> terceiro ano do ensino médio.
>
> O diretor acredita que o sucesso do Vértice se deve à dedicação dos
> profissionais e dos alunos. "Para aguentar o ritmo daqui, tem que
> gostar." E mais: acreditar em um sistema que prima por regras claras e
> por cobrança de resultados. "Nossa disciplina é bem definida.
> As regras são muito bem explicadas", diz Adilson.
>
> Os estudantes do terceiro ano do colégio particular da zona sul sabem
> disso. Seguem uma carga horária de estudos pesadíssima. De segunda a
> sexta, entram às 7h15 e saem às 19h, fora as atividades aos sábados
> pela manhã, quando geralmente são realizados simulados para o
> vestibular.
>
> "Deixo de fazer muita coisa, me sinto presa. Chego aqui de dia. Quando
> saio, já é noite", afirma Marina Bonfim de Azevedo, 17, uma das
> estudantes que prestará o Enem neste ano.
>
> A pressão para manter o bom desempenho da escola é grande, afirmam os
> alunos ouvidos pela Revista. "A galera pira com esse negócio", diz um
> dos alunos do terceiro ano. A recompensa do esforço vem na taxa de
> aprovação no vestibular. Dos 64 alunos do terceiro ano, em 2008, 15
> (23,44%) ingressaram em faculdades que utilizam a prova da Fuvest como
> forma de seleção. Em média, 47% dos alunos do Vértice são aprovados
> por ano nas concorridas faculdades públicas.
>
> Na escola Profa. Lúcia de Castro Bueno, os objetivos também são
> claros, embora a entrada nas melhores universidades do país ainda não
> seja uma realidade. No último vestibular, nenhum estudante da
> instituição de Taboão da Serra foi aprovado na USP, por exemplo.
>
> Para chegar lá, a escola estadual adotou um currículo próprio, baseado
> nos vestibulares das principais universidades do país, como a própria
> USP, a Unicamp, a Unesp e as federais. "São aquelas que estão
> antenadas com o mundo. O ensino médio tem que mirar algo", afirma o
> diretor, cuja escola também se diferencia das demais da rede pública
> pelo fato de não acatar a progressão continuada. A escola reprova
> aluno com baixo rendimento.
>
> 3. Educadores comprometidos
>
> Enquanto a média salarial dos professores na escola Profa. Lúcia de
> Castro Bueno é de cerca de R$ 1.500, no Vértice fica em torno de R$
> 6.000.
>
> Mesmo com tamanha diferença salarial, o comprometimento parece o
> mesmo. A unidade pública da periferia da Grande São Paulo conta com
> educadores formados pela USP, pela PUC e pelo Mackenzie. Além disso, o
> trabalho dos docentes é afinado toda terça-feira, quando acontece o
> chamado "horário de trabalho pedagógico coletivo".
>
> É uma reunião em que, durante duas horas, os problemas dos alunos são
> discutidos. "De vez em quando, saem uns quebra-paus", conta Maria
> Luzia Zanqueta, 58, coordenadora do Ensino Médio.
> "É um trabalho árduo."
>
> É exatamente na valorização do professor que as duas escolas mais se
> aproximam. "Para dar aula aqui, a pessoa veste mesmo a camisa", afirma
> o diretor do Vértice, que conta com vários ex-alunos entre os
> docentes.
> A professora de matemática Ana Carolina Koloszuk, 28, é uma delas.
> "Vivenciei toda a minha fase escolar aqui. Conheço todos os
> critérios", explica ela.
>
> Quando foi contratada para lecionar matemática na Profa. Lúcia de
> Castro Bueno em 2004, Milena Policastro, 29, não tinha a menor ideia
> do que ia encontrar pela frente. Ex-professora do colégio Objetivo,
> admite que estava receosa antes de ingressar na rede pública. "Ouvia
> horrores. Vim com medo", confessa ela, que faz mestrado na USP.
> "Depois vi que aqui é o meu lugar. Todo o corpo docente é muito
> preparado."
>
> Além de ensinar cálculos e equações, Milena dá aula de engajamento.
> Mesmo sem conhecimentos profundos de arte dramática, montou no ano
> passado um grupo de teatro com os alunos interessados. Os ensaios
> aconteciam no final da tarde, após as aulas, em uma rotina carente de
> atividades extracurriculares.
>
> Tal envolvimento é a base para qualquer instituição que queira se
> destacar pela qualidade do ensino. "Professores preparados e uma boa
> relação docente-aluno geram resultados positivos", diz Heliton Ribeiro
> Tavares, 42, diretor de avaliação da educação básica do Inep,
> instituto do Ministério da Educação responsável pelo Enem.
>
> Direto da sala de aula, Milena resume bem o desafio dela, dos colegas
> na Profa. Lúcia Bueno de Castro e dos educadores do Vértice: "Não há
> milagre na educação. Você tem que trabalhar."
>
>
> Dois mundos
>
> Um aluno do terceiro ano do Vértice paga R$ 2.564 de mensalidade.
> Dispõe de infraestrutura que contribui para o bom desempenho no Enem:
> pátio arborizado, salas de aula aconchegantes e pequenas - são, no
> máximo, 34 alunos por turma - e uma quadra de esportes simples, mas
> bem cuidada. O colégio oferece ainda aulas de dança, teatro e
> culinária, entre outras.
>
> "O ambiente escolar é fundamental", diz Heliton Tavares, diretor do
> Inep. Ele destaca também as atividades extracurriculares. "Agregam
> valor ao indivíduo. Quem tem acesso a elas, passa a ser um aluno com
> nível crítico maior."
>
> Localizada em uma região carente, a escola Profa. Lúcia de Castro
> Bueno não consegue oferecer as mesmas oportunidades. "Na parte do
> ensino, falta pouca coisa. Mas não temos campeonatos de esporte, uma
> cantina, excursões", reclama Ronaldo Lohman, 16, um dos 35 alunos do
> ensino médio. Sua colega Juliana Ebner, 16, completa a lista: "Também
> não temos acesso a laboratórios".
>
> Discrepâncias que se refletem no resultado e na adesão ao Enem. Dos 32
> matriculados na instituição pública, 21 prestaram o exame. A nota
> 58,50 a deixou na 2.596ª posição do ranking nacional.
>
> No colégio particular, 63 dos 64 matriculados no terceiro ano foram os
> responsáveis pela pontuação que fez do Vértice o "campeão do Enem
> 2008" na capital paulista e o décimo colocado no país.
>

Dinâmica - Geografia

Feliz Páscoa ( alunos 1ªs e 2ª s Séries Ciclo I)